Páginas

domingo, 31 de agosto de 2008

Ficando para trás

É impressionante como nossos sentimentos são que nem a maré: mudam de um dia para o outro, variando da normalidade para um maremoto com grande facilidade. É assim que eu sou, e hoje, estou em um maremoto: meu coração está frágil, despedaçado.

É tão bom sonhar, viver no mundo da fantasia. Mas as vezes abrimos os olhos e enxergamos a realidade: nua e crua, estampada em nossas caras. Foi quando percebi realmente o que represento na vida de muitos, que até então, eu achava serem meus amigos. Antes disso, vamos decifrar a palavra amigo, segundo meu modo de pensar: são pessoas que estão presentes nos bons e maus momentos, que até dão a vida por você e nunca te abandonam, não importa o que acontecer. Pois bem, descobri que quem eu achava ser meu amigo, na verdade me usa como passatempo: e não falo de uma pessoa só não, falo de quatro, cinco, seis...

E hoje percebo o que sou para muitos: aquele menino que é capaz de fazer qualquer um rir, serve como um bom passatempo, mas depois, torna-se dispensável. Alguns podem se indignar ao lerem isso, mas é a verdade. E não sabem o quanto isso me entristece, pois eu daria a vida, por todas essas pessoas. Minha vida vale pouco? Não, eles que valem muito pra mim.
Não sei ao certo como viver,
mas sei como morrer.

Não sei o quanto fui amado,

mas tenho certeza do quanto amei.

André Almeida

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Perdido no mar

Que fim de semana mais estranho é esse? Orkontro parado, luau sem música, domingo morto e mesmo assim estou feliz. Mas uma felicidade diferente: hoje surgiu uma vontade de sumir do planeta.

Minha vida voltou a ser um turbilhão de emoções, mas agora tenho controle sobre a situação. Sei exatamente o que farei, o que pode acontecer e o que pode não acontecer. Tenho noção do meu espaço físico e emocional dentro de cada um dos que me rodeiam, mas mesmo assim sei que estou vulnerável a surpresas.

No luau, quando estava próximo a amanhecer, resolvi olhar o mar, solitariamente, e as lembranças vieram: minha infância, minha família, minha inocência. Que saudades daqueles tempos, que sei que nunca mais voltarão. E para minha surpresa, um garoto surgiu em meio a tudo isso, me olhou de uma maneira única e diferente e perguntou se eu estava triste. Neguei, e disse a verdade: nem sempre nostalgia significa tristeza. Ele disse que não queria me ver triste, e perguntou meu signo. Ao saber que sou pisciano me definiu naquele momento: percebo que você quer ficar sozinho, respeito muito isso em peixes. E desapareceu feito um anjo.

Mexeu comigo, o fato de um estranho ser tão carinhoso comigo. Em meio a tantas demonstrações de amizade e afeto, essa me surpreendeu, pela pureza do olhar. Mas sei que ficará ali enterrado junto com as lembranças da minha infância. Aquele simples olhar,
aquela simples fala,

aquele simples momento,
nunca mais acontecerá,
mas pra sempre, existirá.

André Almeida

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A importância dos amigos em nossas vidas

No último fim de semana, foi aniversário do Andinho. Fui na festa dele e foi maravilhosa. Há algum tempo eu não me divertia tanto. Dancei do momento que entrei até a hora de ir embora e ri um bocado: alegria de estar com os amigos.

Eu venho notando o quanto tenho me divertido nos últimos orkontros e nas recentes saídas com meus amigos. Não que eu não me divertisse antes, não é isso, mas hoje eu me sinto leve, completamente entregue para as situações em que eu estiver vivenciando naqueles momentos. Era como se antes, eu estivesse ali em forma física, mas a mente estivesse há quilômetros de distância - hoje, corpo e mente estão no mesmo lugar.

A certeza de estar rodeado de pessoas que amo e que me amam também, me faz sentir muito bem, e ter a certeza que é delas, que minha vida é feita. Como eu disse no post passado, "o negócio é viver a vida", mas agora complemento: "o negócio é viver a vida, e muito melhor, se for com os verdadeiros amigos."Meu ser é composto por:
Corpo, minha armadura destrutível.

Mente, minha arma destrutiva.

Coração, minha essência invencível.

André Almeida

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A vida continua...

Foi assim que terminei meu último post e é assim que começo este. Não podemos nos deixar abater pela tristeza, temos que seguir em frente. Minha vida foi duramente afetada em 2007, porque eu não soube superar um momento triste e acabei em depressão. Hoje, mais de um ano depois, eu sei que a melhor coisa para se superar, é viver, e é isso que eu vou fazer.

Assim como a felicidade, a tristeza é feita por momentos: com início, meio e fim. Tudo na vida é passageiro, nada é definitivo. E com essa tese, é que temos a certeza de que o melhor que fazemos, é buscarmos a felicidade, e viver a vida, pois ela é curta demais para ser desperdiçada com tristeza.Durante o dia eu mostro meu sorriso,
durante a noite eu afundo em lágrimas.
No dia seguinte, sinto-me aliviado,

e estou pronto para voltar a sorrir.

André Almeida

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O fim de um ciclo...

Hoje terminei meu namoro. E confesso que foi uma das coisas mais tristes e desagradáveis que já fiz. É ruim quando tomamos uma atitude contra a nossa vontade, mas ao mesmo tempo sabemos que ela talvez seja a única saída, para evitar que se machuquem.

Gosto de amar e ser amado, gosto de viver com quem amo. Isso não vinha acontecendo, mas ninguém é culpado, ambos somos vítimas do destino. O que tenho a dizer é que o tempo que passei junto com essa pessoa, foi maravilhoso, e que sempre guardarei no meu coração e nas minhas lembranças, e justamente para não estragar o conto de fadas, preferi fazer o que fiz. A vida continua...Sou sincero no que faço,
sou verdadeiro no que digo,
procuro sempre ser forte,
mas meu coração me domina.
André Almeida