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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

De volta aos dois dígitos

Me lembro como se fosse ontem, quando estávamos na virada de 99 para 2000 e todo mundo se reunía na praia de Copacabana, esperando pelo tão falado fim do mundo. Aquele foi o maior Réveillon que já vi no Rio de Janeiro, com uma multidão incalculável. Curioso que a única certeza, era que se sobrevivéssemos, teríamos uma outra "praga": o bug do milênio.
Nenhum dos dois aconteceu, e dez anos depois, passei o Réveillon como sempre gosto de fazer: na praia de Copacabana. Dessa vez, não tinha nenhum boato sobre o fim do mundo, nem sobre nenhum problema que pudesse afetar nossas vidas. Mas para ser sincero, nunca liguei para essas coisas. Afinal de contas, se tivesse morrido na virada de 99/00, teria morrido com meus pais, ou seja, feliz da vida. Nessa agora, teria morrido com as duas pessoas mais importantes da minha vida, fora eles: Léo e Nina.

A festa foi magnífica, foi uma noite alegre, descontraída, mas que passou feito um carro de F1. Quando notei, já estava no dia 06 de janeiro. E desde então, venho fazendo retrospectivas do ano que passou e sinto saudades de algumas coisas, como o pessoal da sala 7, do treinamento do meu trabalho: momentos inesquecíveis foram aqueles, de bagunça, descontração e muita zoação. Alguns clientes que me marcaram, como uma senhora que me agradeceu aos prantos por oferecer uma promoção que lhe dava direito a longa distãncia, e o que possibilitou ela de falar com sua filha que mora em outro estado, durante todas as manhãs, o que era muito importante para ela, já que sofria de AIDS.

Foram pessoas que passaram e algumas ainda estão na minha vida, mas que sinto, que a maior parte delas, está de dispersando pelo mundo, seja saindo da empresa ou subindo nela, mas que certamente, sentirei saudades. Momentos de alegria são para ser lembrados para sempre. Momentos de amizade, serão vividos para sempre. Disso tenho certeza quanto a essas pessoas. E quanto a 2010... bom, prefiro não comentar (by Copélia). ;)
Do nove nove,
fui para o um zero.
Neste ano tenho desejos,
e você é o que mais quero.
André Almeida