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sábado, 20 de novembro de 2010

Após a tempestade

Após a tempestade é hora de contabilizar os prejuízos. Feito isso, vamos a reconstrução. Chorar pelas perdas? Sim, talvez. Mas não viver disso. O tempo é amigo e adversário, pois quanto mais queremos que ele pare, mais rápido ele passa. Nossos sentimentos parecem se intensificar com o passar dos segundos, mas se modificam com o passar dos dias. A certeza de que há um buraco vazio dentro do peito, é substituída pela incerteza do que está prestes a vir para preenchê-lo. A vida é um campeonato, onde vencemos e perdemos, mas não somos rebaixados e nem campeões. Ele acaba sem resultados, apenas com penalizações e congratulações pelo o que fizemos ou deixamos de fazer. 
Viver é algo complexo, mas não pela vida em si, mas por que optamos em fazê-lo assim. Culpa nossa? Não. É da natureza humana. O simples é fácil, e o fácil é desinteressante. O complexo é o destino que nos leva a crer que teremos algo bom no final, mas quando o final não é bom, ficamos sem ação. As vezes agir é bom, e não agir é pior. Chorar por ter feito, é muito melhor do que por não ter feito. Errar é natural, persistir no erro chega a ser imoral. Olhe pra frente, e siga, não revire passados, nem reviva-os. Museu é bom uma vez por semestre, e em um domingo. Tirando isso, nada feito. O ato de viver é saber que podemos e queremos seguir adiante, mesmo estando em cacos, com a certeza de que um dia, seremos fortes o suficiente para não "quebrar" novamente.


A vida é curta,
para que não sabe vivê-la.
André Almeida

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um post escrito com o sangue do coração

Sinto-me mergulhado num oceano de sentimentos intensos: perda, solidão, tristeza. Por mais forte que eu seja, é inevitável não cair. O peso está intenso: a dor está ardente. Quero gritar, não tenho voz. Quero chorar, não tenho lágrimas. Quero ser abraço, não sinto seus braços. Quero desaparecer, não sei a magia. Quero destruir, não tenho forças. Quero terminar, não sei começar. Quero morrer, não sei matar. Quero ser finito, não sei não ser infinito. 

Tanta coisa que eu quero, mas tão pouco eu posso agora. Tanta coisa que eu sinto, mas tão pouco espaço há. A intensidade me preocupa, a verdade me desespera. Estou morrendo, e tenho que ressurgir. É o que me resta. Esperar pelo amanhã, porque com o hoje não dá mais nada. Um recomeço. Uma nova era. Um novo capítulo de uma história, que parece não mudar, que não sei como e quando vai acabar, mas que quero escrever. Cadê o lápis, a caneta, a tinta? O que seja. Eu só posso continuar. Porque não sei parar. É seguir em frente, sem olhar pra trás: medo? Não, determinação. Vou crescer mais ainda, e tornar algo que ainda não sou. Mas sei que o que sou hoje, permanecerá, não mudarei: apenas acrescentarei. Não vou recomeçar do zero, mas sim de onde parei. E um dia, vou sim, olhar pra trás, e dar um sorriso: vivi. 

Minhas lágrimas são flechas,
que saem do meu coração despedaçado,
que busca apenas se defender,
de algo que nem ele mesmo sabe o que é.
André Almeida

sábado, 6 de novembro de 2010

Um sonho adiado

Olá pessoal.


Ontem foi a última etapa de um processo, que poderia realizar algo que eu desejava bastante. Hoje tive a confirmação de que mesmo na etapa final, isso não ocorreu. Não sei ao certo dizer como estou após essa notícia, pois tenho certeza que estou qualificado e preparado para o que eu quero. Mas é inegável que essa notícia, mexeu comigo.


Sabem aquela "paz" gerada por um país que teve seu território bombardeado? Aquele silêncio contínuo, mas não porque algo foi solucionado, mas sim, pela morte e destruição de várias pessoas. É assim que me sinto: silenciado e anestesiado por algo que ainda não absorvi bem, mas que sei que será preciso ainda mais empenho e dedicação de minha parte. A sensação de que um recomeço é preciso, não me faz ter preguiça de enfrentá-lo, mas causa um certo incômodo em mim. Quero realizar meu objetivo, mas hoje não tenho forças nem pra reagir a mim mesmo, estou congelado e acimentado nesse estado que simplesmente me deixou num "coma" não-induzido.


Não culpo nada, e nem ninguém. Inclusive, passei meu dia normal: ri e fiz as pessoas rirem. Estive conversando e distraindo todo mundo, afinal, as pessoas que me rodeiam, não tem culpa do que aconteceu. A vida segue, e sem dúvidas se não foi hoje, será amanhã. Eu só preciso de força e apoio, para que consiga seguir em frente de maneira melhor do que fiz até agora. Se dei 200, a partir de hoje, darei 400. Se fiz o possível, a partir de hoje darei o impossível. Quero apenas realizar meus objetivos. 


Sonho e realizo,
se não realizo,
não deixo de sonhar.
O sonho é mais que um desejo meu,
faz parte de mim.
André Almeida