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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quando o coração cria asas

Ao me deitar na cama, sinto minha mente perdendo as rédeas de minha razão e meu coração criando asas, prestes a soltar-se da prisão que o submeti. As imagens surgem como se fossem sonhos, ou seriam premonições? Se forem apenas ficção, terá sido o filme mais lindo que vi na vida. Se forem premonições, serei a pessoa mais feliz do mundo.

Gostaria de dar passos rumo a torná-los realidade, mas descobri que desaprendi a andar no caminho da paixão. Minhas pernas se negam a seguir em frente, mas minha mente não para de enviar ordens para que elas a obedeçam. Sinto medo, muito medo. Não quero seguir no que pode ser o poço ou o pote de ouro. Escolhas já as fiz, e foram todas para minha vida profissional. Por que então isso agora começa a surgir, de maneira como se tentasse me amolecer? Teria eu me tornado uma gelatina congelada, ou um cimento amolecido? As lembranças surgem como se meu passado, que uso como aprendizado, fosse apenas algo escrito, contado de maneira errada e não seja o diploma correto para que eu me forme nos desafios da vida. Minhas lágrimas surgem noite após noite, meu olhar perde-se dentro de minha mente perturbada, meu peito começa a doer, meu coração acelera demais, quando na realidade, deveria estar diminuindo seu ritmo para que eu pudesse descansar de mais um dia intenso. É nessas horas, sobre meu travesseiro, que descubro que a maior intensidade da realidade da minha vida, está em meus sonhos.

Acordado ou não,
vejo você a noite,
invadindo meus sonhos,
ganhando meu coração.
André Almeida