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domingo, 4 de novembro de 2012

Sentir

Sentimentos são intensamente destrutivos, talvez por isso sejam tão bons. Sentí-los é o mesmo que se entregar a possibilidade de chegar aos céus ou de descer ao inferno. O certo se transforma no incerto e a razão é dominada pela emoção.

Sentir é estar de olho, mesmo estando de costas, acompanhando os passos de quem gostamos. Sentir é unificar as atitudes e direcioná-las a uma única coisa: a pessoa que gostamos. Sentir é estar disposto a levar tombos e se machucar, para se ter a certeza que é aquilo mesmo que queremos.

Mas sentir é acima de tudo, viver. Viver a dois, viver a cem por hora, viver a mil. Sentir é não ficar só, mesmo estando só. Sentir é aquecer o coração deixando de lado a gelidez da normalidade da rotina. Sentir é gostar tanto ao ponto de reconhecer que o melhor para a pessoa que nós gostamos tanto é não sentir pela gente o que sentimos por ela.

Sentir é saber a hora de se afastar, para quem sabe um dia poder parar de sentir.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Viver a tentar

Viver a vida é nada mais do que tentar: tentar ser feliz, tentar conquistar, tentar realizar, tentar não sofrer, tentar continuar, tentar não acabar. O tentar sempre será melhor do que o não tentar, porém, temos que sempre saber quando parar. Nunca devemos ficar reféns de nossos sonhos, o que nos transformaria em uma espécie de locomotiva desgovernada: vai pra algum lugar, mas não se sabe onde.

Tentar é saber quando devemos tentar outra coisa, mas sem nunca parar de tentar. Tentamos e conseguimos, tentamos e não conseguimos, mas sempre tentamos. Assim que somos e assim que seremos, sempre. O que muda são as tentativas,ou melhor, com quem ou o que tentamos.

Tentar o mesmo com o mesmo, é apenas assinar a sentença de ficar no mesmo lugar. E quando não avançamos, ficamos para trás. 

Tentar sempre, persistir as vezes, mas desistir nunca.

domingo, 1 de julho de 2012

O Rio de Janeiro continua lindo...


Hoje o Rio de Janeiro foi a primeira cidade no mundo a conseguir o título da Unesco de Patrimônio Mundial da Humanidade, como Paisagem Cultural Urbana. O título é um reconhecimento internacional do que todos nós cariocas podemos desfrutar diariamente: as belezas da cidade maravilhosa.

O Rio não é só de Janeiro, o Rio é do ano inteiro. O Rio é carioca, o Rio é brasileiro. O Rio é mais que uma cidade, é uma paisagem. O Rio é mais do que obras urbanas, o Rio é obra de Deus. Deus este que é homenageado por Cristo Redentor de braços abertos abençoando o povo que tem o privilégio de viver neste lugar. Estejam onde estiver, morem onde morarem: seja próximo as praias lindas da zona Sul, os morros e a urbanização intensa da Zona Norte ou os extensos bairros ainda crescentes da Zona Oeste... os moradores do Rio de Janeiro podem ser chamados de privilegiados. E o povo carioca é apenas um ingrediente a mais para essa mistura perfeita.

O Rio de Janeiro se fosse uma receita, seria a mais conhecida do mundo: junte o carisma do povo carioca, com as construções humanas entre as belezas da natureza e finalize com a maior inspiração de Deus para criar um lugar. A receita seria conhecida, mas impossível de ser refeita com tal precisão. O Rio de Janeiro é e sempre será único: de janeiro a dezembro a terra de muitos, privilégio de poucos e desejo de todos.


Eu sou do Rio,
eu amo o Rio,
eu sou um privilegiado.
André Almeida

quinta-feira, 28 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mais do mesmo

Uma guerra é composta por inúmeras batalhas. Há um dado momento que aquela luta fica tão frequente, que o sofrimento, a dor, e os efeitos destrutivos acabam tornando-se comuns e perdendo a capacidade de chocar, pela banalidade que passam a representar. É mais ou menos assim que eu me sinto.

Quando acho que vou me surpreender, tudo me mostra que eu estava engando: estou apenas mais uma vez frente a frente com "mais do mesmo". E essa busca incansável pelo "novo" acaba perdendo cada vez mais força e sendo derrotada pelo conformismo. Conformismo esse que não quer dizer que eu tenha desistido, mas apenas volte a viver minha vidinha normalmente, no "meu canto" como se nada tivesse acontecido. 

O que aprendo a cada dia é que palavras são bonitas, mas ações valem mais do que mil palavras: e dependendo de quais atitudes sejam tomadas, elas podem ser muito mais fortes e destrutivas do que meia dúzia de palavras bonitas. Sigo em frente e vivo a minha vida: simples assim.

Palavras são levadas pelo vento,
ações são eternizadas pelo tempo.
André Almeida

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A estranheza do inexplicável

A estranheza de sentir algo inexplicável é tão complicada quanto tentar explicar algo que não existe. Porém, com a diferença que se fosse a segunda opção, seria menos doloroso.

Sentimentos não se medem, pois foram feitos para serem sentidos. Cada um a sua maneira, é claro. Uns demonstram mais, outros menos. Mas sempre devem ser demonstrados, respeitando a dosagem ideal, claro.  Quando a sintonia é forte, a felicidade é plena. Um sorriso puxa o do outro e por aí tudo passa a ser consequência imediata do que foi feito antes.

Sentir é tão difícil quanto viver, mas por isso que é bom: o inexplicável, o inesperado e o incerto fazem com que tudo tenha a sua dose de dor e de alegrias, tornando quem sente, o mais humano possível. É vivendo intensamente que se sente o que mais temos de precioso: a vida.


Ser intenso,
ser denso,
ser tenso.
Mas sempre ser.

domingo, 27 de maio de 2012

Segurança

Gosto de viver intensamente, sem muito me preocupar com o amanhã. Passei da fase de apenas viver de sonhos: hoje eu realizo. Gosto de sorrir e rir, dar gargalhadas e fazer quem estiver comigo, curtir este momento da mesma maneira que eu. 

A vida é mais que uma simples vibe, mas é menos do que a eternidade. Portanto, é longa quando não vivida, mas curta para quem vive. Pra que perder tempo chorando, resmungando ou reclamando? Faço mudar, nem tentar mais eu tento. Eu FAÇO! Passei da fase da insegurança, da incerteza e das tristezas. Hoje sou uma pessoa que sei bem quem eu realmente sou, o que eu realmente quero e que tipo de pessoa quero pra mim. Aprendi com tantos tombos que o que menos nos faz cair, não é a nossa força, mas sim a nossa segurança: pois quando somos seguros e deixamos isso transparecer (sem esnobar ninguém ou sermos convencidos, é claro), fazemos com que outras pessoas pensem antes de nos "derrubar" e muitas vezes, nem consigam ter a audácia de tentar. Mas se tentarem e conseguirem, melhor correr até eu levantar! (rs)

Eu sou assim: excêntrico, intenso e transparente. Não tenho sangue de barata, nem sou santo (e nem pretendo ser). Sou humano como todos, tenho minhas forças e minhas fraquezas, mas aprendi que de vez em quando, é bom deixarmos claro o quanto valemos e o que realmente queremos. Prazer se você ainda não me conhece, André Almeida (ou Narak Slater). ;)

O ontem eu vivi,o hoje eu vivo,o amanhã eu viverei;mas nunca deixarei de viver.André Almeida

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sem defesas

Ultimamente eu ando me sentindo estranho (o que não é novidade). Tenho sentido coisas ruins e uma sensação de metamorfose como jamais senti. Já mudei tanto, mas tanto, mas no fundo, fui sempre o mesmo. Tenho medo que agora a mudança seja tão brutal que nem mesmo o "meu eu" resista a ela.

O sentir está amplificando-se, o fugir também. O perder-se está se afastando. Cansei de me proteger, cansei de me defender, sem saber "de que" ou "de quem". Sou um oceano de ilusões que estão se unindo e sinto que me levarão a uma realidade a qual nunca presenciei, nem mesmo nos meus mais profundos sonhos. Se estou preparado ou não, eu não sei responder, mas pouco me importa. Sei que um tsunami está para chegar. Acionarei os alarmes? Desta vez, não. Vou apenas "ir para a beira do mar" e encará-la de frente, apenas com uma coisa: a mim mesmo. Creio que já seja o bastante para suportá-la. Se não for, serei um peixinho levado pelas águas em uma nova localidade, inundada e com novo visual.

A intensidade dos meus atos nesses últimos anos, é comparada a um maremoto: destrutível, mas sem uma direção definida. Desta vez, vou achá-la. E ao fazer isso, vou ver o caminho que me espera e o percorrerei, sem medo do que eu possa encontrar por ele. Por que? Não quero mais me defender, quero apenas viver.

Seja afogado,
seja uma ilha,
estarei onde tiver que estar,
sem medo de me machucar.
André Almeida