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sábado, 20 de novembro de 2010

Após a tempestade

Após a tempestade é hora de contabilizar os prejuízos. Feito isso, vamos a reconstrução. Chorar pelas perdas? Sim, talvez. Mas não viver disso. O tempo é amigo e adversário, pois quanto mais queremos que ele pare, mais rápido ele passa. Nossos sentimentos parecem se intensificar com o passar dos segundos, mas se modificam com o passar dos dias. A certeza de que há um buraco vazio dentro do peito, é substituída pela incerteza do que está prestes a vir para preenchê-lo. A vida é um campeonato, onde vencemos e perdemos, mas não somos rebaixados e nem campeões. Ele acaba sem resultados, apenas com penalizações e congratulações pelo o que fizemos ou deixamos de fazer. 
Viver é algo complexo, mas não pela vida em si, mas por que optamos em fazê-lo assim. Culpa nossa? Não. É da natureza humana. O simples é fácil, e o fácil é desinteressante. O complexo é o destino que nos leva a crer que teremos algo bom no final, mas quando o final não é bom, ficamos sem ação. As vezes agir é bom, e não agir é pior. Chorar por ter feito, é muito melhor do que por não ter feito. Errar é natural, persistir no erro chega a ser imoral. Olhe pra frente, e siga, não revire passados, nem reviva-os. Museu é bom uma vez por semestre, e em um domingo. Tirando isso, nada feito. O ato de viver é saber que podemos e queremos seguir adiante, mesmo estando em cacos, com a certeza de que um dia, seremos fortes o suficiente para não "quebrar" novamente.


A vida é curta,
para que não sabe vivê-la.
André Almeida

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