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quinta-feira, 6 de março de 2008

Pra que tanta inteligência?

Uma coisa que sempre elogiaram em mim, foi minha capacidade de entendimento sobre praticamente todos os assuntos. De certa forma, sempre fui o tipo de pessoa que sabe conversar sobre qualquer assunto que for abordado, que possui uma opinião formada sobre quase tudo, que desde os 9 anos de idade lê jornais. Aos 14 anos de idade eu estava fazendo previsões sobre cotações do dólar e do euro para minha avó, que na época era diretamente interessada sobre o assunto. Política? Não possuo partido, meu voto é em quem acho mais mente aberta e quem parece ser mais sensato e sincero, ou de acordo com o Brasil que vivemos hoje, é o famoso "que faz mais e rouba menos". Atualmente venho descobrindo meus dotes como escritor e como crítico, duas faces minhas que até então, eu desconhecia. Tudo bem que aos 10 anos de idade eu escrevia minhas historinhas, mas nunca pensei que elas pudessem amadurecer e agradar tanto, como vêm agradando. Mas por que isso tudo?

Sinceramente, não sei as respostas. Apenas sei que sou um tipo de pessoa que sente necessidade em absorver cada vez mais informações e conteúdo, como se a cada dia fosse necessário uma certa injeção de informação para me satisfazer. Já me peguei até torcendo para ver alguma desgraça acontecer, só para sentir aquele frenesi da imprensa, doida por informação e disputando pra ver quem vai ser o primeiro a noticiar. Lembro-me que no dia dos atentados de 11 de setembro eu acompanhei ao vivo tudo, desde quando cheguei da escola (por volta de 12:30pm) até o dia seguinte. Sinto essa "fome" por informação, por conteúdo, e não sei controlar isso.

Hoje em dia, venho conseguindo driblar isso de outra forma: se não há tantos acontecimentos que me ofereçam essa movimentação de informação, então eu me "afogo" no mundo da escrita. Novelas, séries, até animes eu venho escrevendo. Pareço maluco não é? Mas fazendo isso, eu encontro uma maneira de movimentar minha parte criativa, que diga-se de passagem, anda a flor da pele; e ao mesmo tempo preencher uma lacuna vazia que atualmente há em minha vida. Não sei onde isso vai parar, não sei nem ao certo se isso me faz bem, mas é com as palavras escritas que me sinto bem, é nelas que expresso tudo o que sinto, tudo o que vivencio, e com isso descobri, que o mundo criado pela caneta e pelo lápis, pode ser muito maior do que o mundo em que vivemos, afinal de contas, um gesto vale mais do que mil palavras, mas mil palavras com conteúdo, podem valer mais do que um milhão de gestos sem fundamentos.
A cada palavra que crio
sinto uma gota do meu sangue,

um pulsar do meu coração.
André Almeida

Um comentário:

Videncio_SJP disse...

Já me peguei até torcendo para ver alguma desgraça acontecer, só para sentir aquele frenesi da imprensa, doida por informação e disputando pra ver quem vai ser o primeiro a noticiar. Lembro-me que no dia dos atentados de 11 de setembro eu acompanhei ao vivo tudo, desde quando cheguei da escola (por volta de 12:30pm) até o dia seguinte. Sinto essa "fome" por informação, por conteúdo, e não sei controlar isso.

Nossa, parece que foi eu quem falou isso. O.o