O cair da noite não é mais o mesmo, meu sono intenso voltou a ser perturbado, e minha insônia retorna querendo me fazer companhia novamente. Voltar a isso vale a pena? Sinceramente eu não sei, mas eu queria era me sentir diferente, do que venho sentindo. Não gosto da sensação do frio que venho sentindo, e não estou falando de temperatura ambiente ou corpórea. É como se meu coração quisesse pulsar, mas estivesse impedido por um breve congelamento.
A dor que isso me causa é tão grande quanto a incerteza que venho sentindo: o que fazer? André reaja, não deixe a peteca cair. No vazio da minha vida, procuro eu mesmo ser meu "desfibrilador" tentando ao máximo, manter meu coração funcionando e minha essência viva. E se eu falhar? Seria o retorno de Narak.
Não que eu vá mudar da água pro vinho, mas voltar a ser Narak é algo que eu não queria: ele é frio, solitário, usa uma armadura e sempre está pronto para usar suas armas, em legítima defesa, é claro. Mas a verdade é que entre ser frio e ser sentimental, eu prefiro a segunda opção, mesmo ela resultando em um enfraquecimento e uma fragilidade do meu corpo e da minha mente. Mas pelo menos, meu coração bate aquecido. Mesmo assim, ainda percebo que em outras épocas, meu coração já estaria gélido, e agora ele resiste, firme e forte: o que o calor do amor não é capaz de fazer, não é mesmo?

No frio do inverno,
meu coração congelou.
Na dor da solidão,
meu coração parou.
André Almeida
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